Quem é Drin?
Um rapaz acorda sem se lembrar da sua identidade. Para sua surpresa, descobre que se encontra num universo bem diferente daquele que conhecemos, o Mundo dos Conceitos.
Esse mundo não é povoado por pessoas, animais ou plantas, mas sim por conceitos. Lá, todas as palavras estão vivas, têm pensamentos, emoções e intensões, no fundo, uma personalidade.
Para o ajudar na sua demanda o jovem contará com a ajuda da Levitação, um conceito jovem, simpático, cheio de energia e boa disposição, que o acompanhará em busca da Verdade - o único conceito que poderá revelar a identidade que tanto se quer lembrar.
Pelo caminho o rapaz ganha o nome provisório "Drin", que acaba por significar "O que procura por si próprio".
Mas, quem é Drin? Será ele um conceito ou uma pessoa de carne e osso vinda do Mundo das Formas - o que os conceitos chamam ao universo físico.
A viagem destes dois personagens levá-los-à através de muitas terras deste mundo mágico. Drin vai conhecer muitos conceitos que, apesar de não serem capazes de lhe dizer quem ele é, terão muito para lhe contar e ensinar acerca do mundo onde se encontram, deles mesmos, e da vida em si.
Drin terá a sorte de conhecer o nunca visto Eu, a gloriosa Arte, a esplêndida Metáfora, o carinhoso Altruísmo, o viajado Errante, os iludidos Desejo e Expectativa, o esquivo Medo, o perigoso Ódio, o grande Deus, a sábia Iluminação e o enorme TODO, entre muitos outros. Até a "insignificante" Pedra irá mostrar que não tem nada de insignificante. E será a misteriosa Vacuidade que revelará que o vazio que ela nos trás é muito mais do que podiamos imaginar!
Desde os mais novos até aos mais velhos, "Quem é Drin" irá mostrar-lhes, assim o espero, que a vida está repleta de sentido e boa disposição.
Deixa a tua imaginação voar na viagem a este novo mundo e descobre Quem é Drin!
Conhece mais acerca da obra aqui!
Este grito está disponível em livro físico
Trechos da Obra
"- Ninguém sabe qual é o aspeto do Eu, pois mal nasceu fechou-se neste casulo cuja parede interior é formada por um espelho por onde ele se observa de todos os ângulos sem querer saber do mundo para lá de si."
"- Ah,
mas é! - Reforça o Som. - As forças do Silêncio são fundamentais para captarmos
as forças da Sabedoria, só se fizermos silêncio é que podemos ouvir o que o
exterior nos diz. E só se silenciarmos o exterior é que podemos ouvir o que diz o
nosso interior. "
"- Porque a melodia, o ritmo, a
música, só pode existir se contiver pedaços de silêncio nela. Quando se toca uma nota existe sempre um silêncio que se lhe sucede antes de ser tocada a próxima
nota. Sem esse silêncio a música não seria possível. Até a conjunção das notas
mais belas do mundo seria uma confusão se não houvessem intervalos de silêncio
contidos nela. O Silêncio não se vê nem se ouve, mas
sente-se e é tão importante como eu, o Som, e juntos criámos a Música e também a
Linguagem. O que o espaço é para os objetos, o silêncio é para os sons, sem
esses dois não haveria Música nem Movimento, tudo estaria colado a tudo."
"- Se calhar já me elevaste para
lá da nuvem e eu sou mesmo um Drin, o conceito que procura o seu significado
eternamente. - Diz o rapaz, um pouco cabisbaixo. - Enquanto não falarmos com a Verdade, para mim não és nenhum Drin, percebido Drin?"
"- Mais uma vez, é exatamente o
contrário. O viajar sem sentido dá um sentido à vida repleto de sentido e de
vida. Posso-te dizer que depois da Felicidade e dos filhos dela eu serei decerto
o conceito mais feliz do Mundo! Mas tenho que admitir que quando era mais novo
era exatamente assim como imaginaste, até que comecei a perceber que a viagem
respondia a todas as minhas questões, apenas me tinha que focar nela e deixar
de lamentar. A partir do momento em que entendi a essência de mim próprio, transbordei de alegria e tornei-me nisto como sou hoje(….)"
"Após uns segundos o Deleite aproxima-se e diz com uma voz de cansaço: - Ainda vou a tempo? - Acho que sim, da última vez que vi ainda lá estava. - Diz a Sensação levando o Deleite a trepar apressadamente a torre e a empoleirar-se com um só pé! - Pois continua! Que delícia! Transmite-me cá uma sensação...- Grita o Deleite, lá de cima. - A mim dá-me um deleite enorme! - Diz a Sensação. - Mas o que é que se vê aí de cima que é tão maravilhoso? - Pergunta a Levitação, intrigada. - Já te disse - responde a Sensação. - É a Perfeição.
"- E quem sou eu? - Isso é algo que terás que saber por ti. Lembra-te, nada exterior a ti te poderá dizer quem és da mesma forma que tu o podes experienciar. Tens que senti-lo por ti, se não só estás a ver fotos da casa, não estás a entrar nela na verdade, nem sequer consegues sentir a sua temperatura ou seu cheiro."
"- Isso transcende-me. - Não, tu é que te transcendes a ti mesmo pois tudo isto não passa de ti e de mim, todos somos o mesmo. E fica a saber que, por mais estranho que te possa parecer o que te vou dizer, o tempo não existe na verdade, apenas existe o momento, um agora eterno que é possível ser sentido através da meditação e vivido através de mim.